Uma cidade evoluída ou uma cidade desregrada?
Uma cidade evoluída ou uma cidade desregrada?
Galeria de Imagens | Plataformas: PC/X360/PS3 | Desenvolvedora: Eidos Studios | Editora: Square-Enix | Gênero: FPS | Lançamento: 23/08/2011
Melhor: Um game realmente autêntico | Pior: A trilha sonora poderia ser mais bem trabalhada
Estamos cada vez mais próximos de uma concretização de um futuro cyberpunk. O termo, criado há mais há quase três décadas, se refere a um futuro em que a sociedade evoluiu muito no que se trata de tecnologia, mas manteve o seu lado humano ou social se manteve estagnado. Logo, é como se em algum tempo todos nós respondêssemos por grandes corporações, desde nossos nascimentos, ao invés de seguirmos uma vida relativamente livre.
William Gibson explicou o conceito de um mundo assim no livro Neuromancer, em 1984. E, depois de filmes como Matrix ter explorado esse universo, Deus Ex: Human Evolution despeja de forma nua e crua uma narrativa densa sobre o mundo controlado por empresas e as diferenças sociais de um futuro que preza pela tecnologia mais do que qualquer outra coisa.
Há um tempo não víamos um jogo com essa temática que despertasse o interesse de qualquer entusiasta da cultura geek. Desde RPG’s de mesa como “Shadowrun” até a aclamada série “Fallout”, o tema retrata uma sociedade futurista socialmente falida, mas muito lucrativa. Uma distopia do mundo como conhecemos. Mas que, no final das contas, é uma ideia não muito distante e plausível de acontecer.
Em “Deus Ex: Human Evolution” estamos na pele de Adam Jensen, um especialista em segurança contratado pela Sarif Industries – empresa que cria implantes cibernéticos como braços, pernas e órgãos para tornar a vida das pessoas mais agradável. O problema é que esse tipo de implante torna a sociedade ainda mais dividida. Ou seja, não bastasse o preconceito contra as minorias, há também distúrbios sociais com as pessoas que sofreram algum tipo de implante.