BRASILEIRINHO
A SÉRIE – WALDIR AZEVEDO
BABY CONSUELO
FINAL – PARTE I
Deixei o Brasileirinho para o encerrar a série, por considerá-lo, dentre as composições de Waldir Azevedo, sua obra prima mais perfeita e inigualável, um dos maiores êxitos do gênero em todos os tempos. Vou apresentar dois textos; este irá se prender à interpretação cantada, com letras de Pereira da Costa; o outro, tão somente ao desempenho instrumental, sem alusão às letras.
Os chorões, na sua imensa maioria, não gostam que o chorinho seja letrado, pois acreditam que as letras lhe tiram a beleza e substitui os instrumentos de solo do regional, notadamente o cavaquinho.
Mas isto não é verdade, quando se trata do Brasileirinho. A sua gravação, usando letras, foi importante na história da divulgação da música, inclusive internacionalmente, pois coube a Cármen Miranda interpretá-la, com todo aquele gingado no cantar, o jeitinho característico desta notável artista brasileira, remexendo os olhos, rebolando, virando as mãos, com trajes típicos, tudo que tanto agradava o público americano.
Muitos asseveram que Cármen abriu os caminhos para que Waldir fosse conhecido no exterior como notável compositor brasileiro, mas a recíproca é verdadeira: o sucesso de Cármen também se deve em parte a esta excepcional música que agitou o Tio Sam e a Europa.
Para mim, no entanto, quem melhor cantou o Brasileirinho foi Baby Consuelo. Nem mesmo a pequena notável, Cármen Miranda, pode com ela! Não caiam da cadeira! O chorinho é um dos ritmos mais difíceis de serem cantados, pela rapidez na pronúncia. Mas para Baby é brincadeira. Ela é um show!
Tenho uma explicação final: vi diversos vídeos e preferi utilizar uma gravação de um show que Baby fez no exterior, onde, infelizmente, não há imagens, mas a qualidade de som e produção é magnífica. Falando em música, não me importo com o visual. Esta apresentação está demais, agita demais! É contagiante. Dá vontade de sair dançando. Querem apostar?
Vejam a beleza das letras: