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Crianças brincavam no pátio no meio da tarde desta sexta-feira, 17, quando a direção da Escola Estadual Monsenhor Francisco de Sales Cavalcanti deu a notícia sobre a interdição do CAIC do bairro Belo Horizonte (zona sul). José Pereira, que está à frente da gestão da escola desde o início do ano, recebeu ontem a visita do Corpo de Bombeiros de Mossoró, determinando que o lacre seja colocado na próxima segunda-feira. Assim, toda a mobilização feita pela comunidade do BH, pais de alunos e professores não garantiu a reforma exigida em 30 dias pelo CB e o Ministério Público Estadual para manutenção do colégio: falta de um projeto contra incêndio e a uma nova instalação elétrica.
Com isso, 602 estudantes do ensino fundamental, nível médio e EJA serão prejudicados diretamente. Outros 150 que fazem cursos de capacitação, informática ou fazem parte do Programa Mais Educação deixam as salas de aula vazias.
Até então, apenas a parte da cozinha tinha sido interditada pelos bombeiros. "Assinamos o prazo exigido e pedimos que a Secretaria de Educação pudesse fazer alguma coisa; infelizmente a resposta não foi dada", diz o diretor José Pereira, acrescentando que no início do mês um engenheiro civil do Governo orçou a obra de reforma do colégio em quase R$ 1 milhão. "Agora já iremos fazer uma nova mobilização junto à DIRED com a ajuda da assessoria jurídica. Também pedimos para que todas as autoridades tomem as providências necessárias, porque só assim sairemos ganhando", enfatiza o diretor.
Quem passa pelas portas do CAIC percebe facilmente o estado de abandono - paredes quebradas, sem pintura, ferragens expostas, falta de segurança - e a necessidade de uma reforma urgente.
Para reduzir o problema, os próprios funcionários e professores chegaram a fazer alguns serviços. O CAIC existe desde 1992 e nunca obteve uma transformação completa em sua estrutura. De acordo com a 12ª Diretoria Regional de Educação e Desporto (DIRED), a secretaria está aguardando uma resposta definitiva do Governo do Estado. Mas, por outro lado, o impasse ganha força, já que Governo Estadual alega tratar-se de uma instituição federal.